We are not separated from the earth, we are as much a part of the planet as each cell in our bodies is a part of us.
Mike Samuels and Hal Zina Bennet
A história do desenvolvimento do corpo humano, até ser o que é hoje, conta já com milhões de anos, com sucessivas aproximações e afastamentos ao meio a que se foi sucessivamente adaptando e onde tem vindo a intervir cada vez mais intensamente. Sobre os dois pés, de mãos livres e sapiens de múltiplas inteligências, fomos no entanto perdendo a nossa relação perceptiva e a nossa inteligência sensorial inerente ao ambiente de que fazemos parte e onde habitamos desde sempre, numa relação de complexa interdependência.
Corpo e Terra são uma história comum, de identificação e incorporação recíprocas. A alienação do corpo tem trazido consigo uma crescente perda do sentido de comunidade e de humanidade. A relação que temos com o corpo, de excesso, abuso, objectificação, poluição, controlo e conquista, é a mesma relação que temos com o planeta.
É pelo corpo que enraizamos e desenvolvemos a interacção humana com a Terra: tudo o que existe”lá fora”, é também o nosso mundo interno e existe em nós. Corpo e natureza são entidades profundamente interligadas desde sempre. Cada vez mais, é fundamental desenvolver um diálogo próximo e integrado entre o homem e o ambiente, através da consciência plena do nosso corpo, dos lugares que habitamos e por onde vamos passando.
Partindo da nossa qualidade e condição de corpo-terra, convocamos a geopoética e o corpo vivido in situ, onde ser-pertencer-participar é uma experiência de literacia sensorial e de ética dos imaginários e das culturas. Corpo-Terra são sessões de investigação pela arte e de experimentação pessoal em relação directa com os lugares, com a paisagem, com o meio. Vamos abrir e expandir os nossos recursos perceptivos e criativos ao momento presente e ao lugar onde nos encontramos, numa vivência inteira com o ambiente, aprofundando a nossa relação com o nosso corpo, conduzidos pelo próprio espaço, ligando-nos, dando-nos a conhecer e deixando-nos conhecer por ele.
Corpo-Terra são experiências geradoras de uma poética de proximidade e de intimidade com os lugares vivenciados, através das quais são também criados registos existenciais e experimentais da presença imanente dos espaços, das pessoas e das suas histórias. Enquanto ouvintes atentos e narradores da nossa visão do mundo e de nós próprios, somos interpelados a sentir, reconhecer, habitar e expressar a paisagem pela dança e pela escrita rizomática, enquanto linguagens metafóricas da vivência - reconstruindo na polifonia das arqueologias pessoais, a obra aberta que é cada encontro profundo com a paisagem.
A participação é a principal ponte de ligação para a consciência e para o sentimento de pertença. Precisamos de momentos de vinculação a um todo maior, de dar-nos tempo, de desenvolver um olhar e múltiplas linguagens que permitam desenvolver uma cartografia afetiva das experiências vividas, por onde escutar quem somos e onde estamos. Através de orientações de navegação pessoal simples e de alentours*, vamos respirar e aprofundar a nossa relação com os ritmos do mundo natural, expandindo a nossa capacidade de resposta ao ambiente, reconhecendo-nos verdadeiramente como participantes e cuidadores de nós e do mundo.
TÉCNICAS DESENVOLVIDAS
- Atenção inclusiva
- Movimento ressonante
- Anatomia experiencial
- Narrativa integradora
- Escrita rizomática
- Livre expressão
- Caminhada dialogante
*Tours de alento
Sessões individuais e em grupo sob marcação
Venha experimentar (primeira sessão gratuita)
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Fotografia: Terra.Corpo
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